O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, defendeu nesta sexta-feira a punição das autoridades que utilizaram de forma indevida os cartões de crédito corporativos. Sem citar os nomes dos ministros denunciados, Britto ressaltou que o erro não está no fornecimento dos cartões, mas como estão sendo usados.

"O problema não está no cartão, está no mau uso. Quem faz o mau uso e é servidor público tem de ser punido. É isso que se quer e agora a controladoria disse que vai fazer e o próprio presidente está exigindo ações concretas", disse Britto, que participou da cerimônia de abertura do ano judiciário, no STF (Supremo Tribunal Federal).

Porém, Britto defendeu que se espere o fim das investigações realizadas pela CGU (Controladoria Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União), além do Ministério Público Federal no Distrito Federal.

A CGU informou que atualmente 7.145 pessoas possuem o cartão corporativo na administração federal. De acordo com os dados, as despesas mensais de 53% dos portadores do cartão foram inferiores a R$ 300. Os gastos superiores a R$ 2.000 foram registrados nas faturas de 9% dos portadores.

Com base em informações do Portal da Transparência, site do governo federal, apenas em 2007, o Executivo gastou R$ 75,6 milhões com cartões de crédito corporativo. A Folha revelou que houve uso dos cartões do governo federal, em 2007, para pagar despesas em loja de instrumentos musicais, veterinária, óticas, choperias, joalherias e free shop.

Fonte: Folha Online, em Brasília – 31/01